terça-feira, 5 de março de 2013

Atividade sexual na véspera ou horas antes de competir não reduz energia

 

Fisiologista Turibio Barros diz que um aquecimento representa um impacto maior ao corpo do que o sexo, mas faz ressalvas aos exageros dos atletas

Por São Paulo
 
 
Existe um certo paradigma a respeito da influência da atividade sexual no desempenho físico. É muito comum alguns profissionais que atuam na área de esportes considerarem a atividade sexual prejudicial ao desempenho físico quando realizada, por exemplo, na véspera ou algumas horas antes de uma atividade competitiva.
Homem e mulher correndo Eu Atleta (Foto: Getty Images)Casal corre unido: atividade sexual antes de uma corrida não reduz a energia (Foto: Agência Getty Images)
Apesar de todo folclore a respeito, existem informações científicas que permitem fazer um julgamento mais crítico do assunto. A atividade sexual não deixa de ser uma situação de exigência física, entretanto representa uma solicitação em termos de gasto de energia que absolutamente não compromete qualquer desempenho físico subsequente.
O problema que muitas vezes preocupa os responsáveis por equipes e atletas de alto rendimento, a ponto de até se “confinar” os atletas em concentrações antes das competições, são os exageros que poderiam ser cometidos. Estes exageros estariam associados com o consumo de bebida alcoólica e privação de sono, eventualmente associados ao programa no qual a atividade sexual também faria parte.
Se a questão for julgar somente o que a atividade sexual pode representar, o eventual “desgaste” seria quase desprezível. Algumas publicações científicas relatam estudos em que o gasto calórico da atividade sexual foi mensurado. A demanda de energia em um ato sexual é quantificada em cerca de 10 calorias por minuto.
Se compararmos o que este gasto calórico representa, com a demanda de energia em uma atividade esportiva, podemos de fato concluir que mesmo realizada algumas horas antes, a atividade sexual, absolutamente, não vai “onerar” em nada o desempenho.
Podemos até considerar que em termos de gasto de energia o sexo tem um impacto inferior ao que um aquecimento representaria. Portanto, se a questão for considerar se existe restrição ao sexo antes das competições, certamente não existe motivo para grandes preocupações, ressalvadas as situações de “imprudências” associadas.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / Euatleta.com.
Turibio Barros (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

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