Todos os nossos músculos são indiretamente ligados uns aos outros.
Todos os nossos músculos são indiretamente ligados uns aos
outros por forma de cadeias musculares, que são a passagem das linhas de
força que percorrem o nosso corpo, fazendo-o reagir de uma extremidade à
outra. Toda atividade dentro de uma parte do corpo terá repercussões no
corpo todo. É por isso que temos que ter uma atenção especial nas
extremidades, que são a expressão das compensações corporais. Desse
modo, a modificação da posição delas permitirá buscar uma maior
tensão e assegurar as múltiplas variantes aos exercícios.
A definição clássica de cadeia muscular dada por Françoise Meziéres (conhecida como Madame Meziéres) é: “Conjunto de músculos de mesma direção e sentido, geralmente poliarticulares que se comportam como se fossem um só músculo e se recobrem como telhas de um retalho”.
A partir de observações práticas e estudos anatômicos, nossa Madame pioneira neste campo, descreve também três leis relacionadas às cadeias musculares, que seguem:
- Toda tentativa de correção local irá gerar uma compensação à distância;
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, resulta em uma tendência de rotação interna dos membros;
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, leva a tendência de um bloqueio respiratório em apneia inspiratória.
O que segura o nosso corpo em pé é a cadeia dos músculos estáticos. Os músculos que compõem esta cadeia possuem maior quantidade de tecido conjuntivo e um tônus mais elevado, pois exercem uma função antigravitacional, exigindo uma contração parcial constante. São músculos que tendem a ser mais tensos, hipertônicos, encurtados e menos flexíveis, e são os mais atingidos nos casos de patologias.
Quando os músculos estáticos encurtam-se demasiadamente, podem ocorrer desvios ósseos e compressões das articulações. Quando um músculo de uma cadeia muscular é afetado, todos os outros músculos da mesma cadeia são afetados.
Para os nossos principais movimentos, utilizamos a cadeia dos músculos dinâmicos. Estes músculos têm uma quantidade menor de tecido conjuntivo e tônus muscular mais baixo, por esta razão, podem tornar-se extremamente flácidos e hipotônicos. Um exemplo clássico disso são os músculos abdominais de pessoas sedentárias.
Músculos locais: Multífidios, diafragma, transverso abdominal (TA) e assoalho pélvico. Esses músculos formam o cilindro da estabilidade, por isso, devem estar sempre contraídos durante os exercícios de pilates;
Músculos Globais: Cadeia longitudinal - é formado pelo eretor espinhal, ligamento sacrotuberoso, bíceps femoral e fibular;
Cadeia Oblíqua anterior: é formada pelo oblíquo interno, adutor e oblíquo externo contralateral;
Cadeia Oblíqua posterior: formada pelo latíssimo do dorso, glúteo máximo contralateral;
Cadeia lateral: tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo, adutores contralaterais.
Nossos grupos musculares são, na maior parte, pluriarticulares, ou seja, passam por mais de uma articulação, e sobem uns nos outros, constituindo assim as cadeias musculares. Como exemplo, podemos falar assim: numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas tropeça, seu desequilíbrio se transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer tração efetuada em uma extremidade de uma cadeia muscular se traduz imediatamente por uma compensação em um ponto qualquer da cadeia.
Colocando esse exemplo em nosso corpo, vejamos os músculos espinhais; uma tentativa de alongamento da nuca traduz-se por uma agravação da lordose lombar ou por uma diminuição da cifose torácica. Da mesma forma, uma correção da lordose lombar “achata” a nuca e acarreta uma flexão do quadril.
Resumindo, cadeias musculares são músculos que exercem a mesma função, tendo muita influência nas alterações posturais. Podem ser estáticas ou dinâmicas e dividem-se em grupos:
Cadeia Mestra Anterior: é subdividida em quatro cadeias menores – a inspiratória, antero-interna do ombro, anterior do braço e antero-interna do quadril. É composta pelos seguintes músculos: escalenos, intercostais, diafragma e seus pilares, psoas, adutores pubianos (pectíneo, adutor curto, adutor longo, reto interno e pequena porção do adutor magno), músculos anteriores da perna, peitoral menor, subescapular e coracobraquial.
Obs: a retração desses músculos causa projeção da cabeça para frente, dorso curvo, enrolamento dos ombros para frente, joelhos em valgo, pés planos, tórax elevado, rotação interna do braço e hiperlordose lombar. Também ocorre o desabamento do arco plantar.
Cadeia Mestra Posterior: também subdividida em quatro cadeias menores – póstero superior, póstero inferior, superior do ombro e superior lateral do quadril. Os músculos que a compõem são: músculos da planta dos pés, bíceps, ísquios tibiais, pélvico-trocanterianos, glúteos, espinhais, fáscia lata, tibiais anterior e posterior.
Obs: a retração desses músculos causa dorso plano, projeta o tronco para frente, nuca ou região lombar escavada, genu varo, pés cavos, retração muscular do posterior da coxa e retificação das curvaturas da coluna.
No entanto, os praticantes do RPG consideram outra cadeia mais ampla, que engloba todos os músculos que passam pelas três curvaturas principais da coluna. Trata-se da Cadeia Cérvico-tóraco-abdominopélvica. No pescoço, ela começa pela aponeurose profunda ou pré-vertebral, as aponeuroses intra e peri-faringianas que se tornam mais abaixo as bainhas vasculares e viscerais, a aponeurose média. Todas essas formações ligam-se à base do crânio.
Na caixa torácica, a aponeurose pré-vertebral prolonga-se pelo reforço posterior da fáscia endocárdica. Por meio de todo esse conjunto aponeurótico, fascial e ligamentar, o diafragma encontra-se de certa forma suspenso à base do crânio e coluna cervicodorsal até T4. Os autores comparam o corpo humano com uma marionete, cuja fáscia são os fios que fazem com que se mova. Nada representa melhor essa imagem do que a cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica. Ela seria a cadeia central de suspensão, na qual se ligam os quatro membros.
A definição clássica de cadeia muscular dada por Françoise Meziéres (conhecida como Madame Meziéres) é: “Conjunto de músculos de mesma direção e sentido, geralmente poliarticulares que se comportam como se fossem um só músculo e se recobrem como telhas de um retalho”.
A partir de observações práticas e estudos anatômicos, nossa Madame pioneira neste campo, descreve também três leis relacionadas às cadeias musculares, que seguem:
- Toda tentativa de correção local irá gerar uma compensação à distância;
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, resulta em uma tendência de rotação interna dos membros;
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, leva a tendência de um bloqueio respiratório em apneia inspiratória.
O que segura o nosso corpo em pé é a cadeia dos músculos estáticos. Os músculos que compõem esta cadeia possuem maior quantidade de tecido conjuntivo e um tônus mais elevado, pois exercem uma função antigravitacional, exigindo uma contração parcial constante. São músculos que tendem a ser mais tensos, hipertônicos, encurtados e menos flexíveis, e são os mais atingidos nos casos de patologias.
Quando os músculos estáticos encurtam-se demasiadamente, podem ocorrer desvios ósseos e compressões das articulações. Quando um músculo de uma cadeia muscular é afetado, todos os outros músculos da mesma cadeia são afetados.
Para os nossos principais movimentos, utilizamos a cadeia dos músculos dinâmicos. Estes músculos têm uma quantidade menor de tecido conjuntivo e tônus muscular mais baixo, por esta razão, podem tornar-se extremamente flácidos e hipotônicos. Um exemplo clássico disso são os músculos abdominais de pessoas sedentárias.
Músculos locais: Multífidios, diafragma, transverso abdominal (TA) e assoalho pélvico. Esses músculos formam o cilindro da estabilidade, por isso, devem estar sempre contraídos durante os exercícios de pilates;
Músculos Globais: Cadeia longitudinal - é formado pelo eretor espinhal, ligamento sacrotuberoso, bíceps femoral e fibular;
Cadeia Oblíqua anterior: é formada pelo oblíquo interno, adutor e oblíquo externo contralateral;
Cadeia Oblíqua posterior: formada pelo latíssimo do dorso, glúteo máximo contralateral;
Cadeia lateral: tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo, adutores contralaterais.
Nossos grupos musculares são, na maior parte, pluriarticulares, ou seja, passam por mais de uma articulação, e sobem uns nos outros, constituindo assim as cadeias musculares. Como exemplo, podemos falar assim: numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas tropeça, seu desequilíbrio se transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer tração efetuada em uma extremidade de uma cadeia muscular se traduz imediatamente por uma compensação em um ponto qualquer da cadeia.
Colocando esse exemplo em nosso corpo, vejamos os músculos espinhais; uma tentativa de alongamento da nuca traduz-se por uma agravação da lordose lombar ou por uma diminuição da cifose torácica. Da mesma forma, uma correção da lordose lombar “achata” a nuca e acarreta uma flexão do quadril.
Resumindo, cadeias musculares são músculos que exercem a mesma função, tendo muita influência nas alterações posturais. Podem ser estáticas ou dinâmicas e dividem-se em grupos:
Cadeia Mestra Anterior: é subdividida em quatro cadeias menores – a inspiratória, antero-interna do ombro, anterior do braço e antero-interna do quadril. É composta pelos seguintes músculos: escalenos, intercostais, diafragma e seus pilares, psoas, adutores pubianos (pectíneo, adutor curto, adutor longo, reto interno e pequena porção do adutor magno), músculos anteriores da perna, peitoral menor, subescapular e coracobraquial.
Obs: a retração desses músculos causa projeção da cabeça para frente, dorso curvo, enrolamento dos ombros para frente, joelhos em valgo, pés planos, tórax elevado, rotação interna do braço e hiperlordose lombar. Também ocorre o desabamento do arco plantar.
Cadeia Mestra Posterior: também subdividida em quatro cadeias menores – póstero superior, póstero inferior, superior do ombro e superior lateral do quadril. Os músculos que a compõem são: músculos da planta dos pés, bíceps, ísquios tibiais, pélvico-trocanterianos, glúteos, espinhais, fáscia lata, tibiais anterior e posterior.
Obs: a retração desses músculos causa dorso plano, projeta o tronco para frente, nuca ou região lombar escavada, genu varo, pés cavos, retração muscular do posterior da coxa e retificação das curvaturas da coluna.
No entanto, os praticantes do RPG consideram outra cadeia mais ampla, que engloba todos os músculos que passam pelas três curvaturas principais da coluna. Trata-se da Cadeia Cérvico-tóraco-abdominopélvica. No pescoço, ela começa pela aponeurose profunda ou pré-vertebral, as aponeuroses intra e peri-faringianas que se tornam mais abaixo as bainhas vasculares e viscerais, a aponeurose média. Todas essas formações ligam-se à base do crânio.
Na caixa torácica, a aponeurose pré-vertebral prolonga-se pelo reforço posterior da fáscia endocárdica. Por meio de todo esse conjunto aponeurótico, fascial e ligamentar, o diafragma encontra-se de certa forma suspenso à base do crânio e coluna cervicodorsal até T4. Os autores comparam o corpo humano com uma marionete, cuja fáscia são os fios que fazem com que se mova. Nada representa melhor essa imagem do que a cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica. Ela seria a cadeia central de suspensão, na qual se ligam os quatro membros.