quarta-feira, 2 de março de 2011

Os efeitos da altitude na performance do atleta



As diferenças que existem quando um jogador atua numa determinada condição de ar mais rarefeito

Jogar futebol em altitudes elevadas pode ser prejudicial à performance do atleta. Mas, segundo fisiologistas, a partir de uma determinada altura, não há mais tanta diferença para o corpo a rarefação do ar.

Cidade do Futebol elenca a seguir os diferentes efeitos para o corpo humano se aclimatar às diferentes condições de altitude em que se disputa uma partida de futebol. Leia a seguir:
 
Acima de 1.500 m

Fica muito difícil definir quais seriam os índices limites para que os chamados “efeitos da altitude” comecem a ser sentidos. Embora quase todas as pessoas se adaptem de maneira similar, existem ligeiras variações.

Nesta altitude o atleta pode não sentir efeitos clínicos, mas já tem uma sensível queda no rendimento aeróbio. O atleta sente dificuldade para respirar, decorrente da pressão barométrica mais baixa e o oxigênio fornecido ao músculo é reduzido. O resultado disso é um maior consumo de carboidratos e de fontes de energia, “cansando” mais rapidamente o profissional.

Acima de 2.400 m

Além das sensações de queda de rendimento físico, acima destas altitudes começam a ficar mais perceptíveis os problemas físicos. É onde começam os índices de aparecimento do “mal agudo das montanhas”.

Este mal é considerado como o mais comum entre os problemas causados por altas altitudes. Pode aparecer dentro de um período de 12 até 48 horas de exposição à altitude.

Os sintomas desta doença são a sensação de fadiga, a cefaléia (dor de cabeça), perda de apetite, náuseas, enjôo e a respiração ofegante. Estes sintomas desaparecem dentro de alguns dias na maioria das pessoas.

Acima de 2.700 m

Começa a fase crítica. Todos os problemas já citados são agravados acima desta altitude. O “mal agudo das montanhas”, por exemplo, pode evoluir para condições muito mais graves e que são a maior preocupação dos médicos nos casos de prática de exercícios de alta intensidade.

Uma das doenças mais graves é o edema pulmonar de altitude (High Altitude Pulmonary Edema). Esta doença se desenvolve dentro de um a quatro dias de exposição. Ocorre uma passagem de líquido do sangue para os alvéolos (pulmões). A dificuldade para respirar é intensa e, além disso, a pessoa apresenta um quadro de tosse intensa acompanhada de secreção de escarro com sangue. Esta doença, durante muitos anos, foi diagnosticada erradamente como pneumonia, devido à semelhança de sintomas. Sua evolução é rápida e ela pode causar a morte do paciente.

O maior temor dos médicos, porém, é o edema cerebral da altitude elevada (High Altitude Cerebral Edema), que é causado pelo acúmulo de líquido no cérebro. Esta doença também se desenvolve dentro de um a quatro dias, podendo ser precedida do “mal agudo das montanhas” e do edema pulmonar de altitude.

Um sinal de alarme precoce é a ataxia (dificuldades para caminhar). A perda de coordenação motora também é um sintoma comum. A dor de cabeça intensa e até alucinações também pode ocorrer. Em poucas horas a doença pode evoluir para um quadro fatal. Quanto maior for a altitude, maior é o risco.

Quando constatada a ocorrência destras doenças, o procedimento mais adequado é retirar o paciente da altitude elevada imediatamente. Ainda que o atleta não apresente seqüelas graves após um jogo em grandes altitudes como nas cidades de La Paz ou Quito, é possível que ele tenha sido acometido parcialmente pela doença.

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