Alternativa é interessante para se incorporar no processo de avaliação aeróbia devido aos seus indicadores de validade e reprodutibilidade
Juliano Fernandes da Silva e Leandro Teixeira Floriano*
O futebol tem se caracterizado como uma modalidade intermitente de elevada intensidade, com os atletas realizando ações distintas durante a partida, tais como corridas em diferentes intensidades, saltos, chutes e cabeceios (RIENZI, 2000). Contudo, os atletas de futebol realizam cerca de 90% da movimentação com energia proveniente do metabolismo aeróbio (RAMPININNI et al., 2007).
Neste sentido, a determinação da máxima velocidade aeróbia ou pico de velocidade (PV) e da velocidade referente ao consumo máximo de oxigênio (vVO2max) realizada em esteira rolante (laboratório) tem sido aceitas como medidas válidas para avaliar a aptidão aeróbia. Tais protocolos oferecem maior controle do experimento a partir da obtenção de medidas diretas, contudo, a utilização de material de alto custo, pessoal especializado e elevado tempo para a avaliação de cada indivíduo dificultam a utilização destas metodologias.
Outra limitação refere-se ao fato de que a especificidade do padrão motor envolvido na modalidade geralmente não é contemplada em tais testes.
Desta forma, testes de campo têm sido propostos procurando aumentar a especificidade dos protocolos das avaliações que mensuram índices fisiológicos no futebol (KRUSTRUP et al., 2003; LÉGER; LAMBÉRT, 1982), reproduzindo o padrão motor do exercício intermitente. Tais testes permitem avaliar um elevado número de atletas ao mesmo tempo, aumentam a motivação dos indivíduos avaliados, apresentam baixo custo e são de fácil aplicação.
Entre os testes reportados na literatura científica destaca-se o Yo-Yo Recovery test (YYR) que avalia a capacidade do atleta de realizar repetidos períodos de alta intensidade (KRUSTRUP et al., 2003; BANGSBO et al., 2008)). Contudo, apesar de o teste apresentar critérios de validade e reprodutibilidade e estar relacionado com a performance no futebol, uma limitação é que o YYR não apresenta indicadores de capacidade e potencia aeróbia que possam ser transferidos para a prescrição de treinamento. Já o teste shuttlerun20m (SHT20) proposto por Legér e Lambert (1982) é uma alternativa para a determinação do VO2max. No entanto, este protocolo é contínuo, não apresenta pausas, não sendo específico para modalidades intermitentes. Além disso, o STH20 subestima a velocidade máxima aeróbia (AHMAIDI et al., 1992).
Com o objetivo de oferecer avaliações mais específicas de potência e capacidade aeróbia em esportes como futebol, Carminatti et al. (2004) propuseram o teste incremental de corrida intermitente (TCar). O TCar é realizado no local em que o atleta desenvolve seus treinamentos e competições (quadra, gramado) em um sistema de ida e volta, com distâncias variadas. Neste teste é determinado o PV (PVtcar), que avalia simultaneamente os sistemas aeróbios e anaeróbios de fornecimento de energia.
O TCar é um teste incremental com estágios de 90 segundos de duração, em “sistema ida e volta”, constituído de cinco repetições de 12 segundos de corrida (distância variável), intercaladas por seis segundos de caminhada (± cinco metros). O ritmo é ditado por um sinal sonoro (bip), em intervalos regulares de seis segundos, que determinam a velocidade de corrida a ser desenvolvida nos deslocamentos entre as linhas paralelas demarcadas no solo e também sinalizadas por cones.
A velocidade inicial é de 9,0 km•h-1 (15 m distância inicial), com incrementos de 0,6km•h-1 a cada estágio até a exaustão voluntária, mediante aumentos sucessivos de 1m a partir da distância inicial (figura 1).
Quando o atleta é incapaz de completar o último estágio, a correção do pico de velocidade (PVTCAR) é baseada na equação de Kuipers et al. (1985): PV (km.h-1) = v + [(nv/10)*0.6], onde “v” é a velocidade de corrida do último estágio completado, “nv” é o número de voltas no estagio incompleto, “10” é o total de número de voltas (correndo) no estágio e “0,6” é o incremento de velocidade (adaptado KUIPERS et al. (1985). Quando os sujeitos não alcançaram a linha final duas vezes consecutivas o teste é encerrado.
O principal diferencial do TCar em relação aos testes supracitados é o fato de realizar o incremento da velocidade a partir de um acréscimo na distância. Em curtos espaços (20 m), o avaliado geralmente não atinge altas velocidades (>16 km.h-1); isto ocorre, pois, iniciar, acelerar, reduzir a velocidade, parar e mudar de sentido envolve redução na aceleração e causa deslocamento vertical do centro de massa diminuindo a eficiência de movimento (AHMAIDI et al., 1992). Por outro lado, no TCar, estas frequentes alterações no padrão da corrida ocorrem em distâncias maiores (>28m) nas velocidades mais altas (>16,8 km.h-1), permitindo que o indivíduo alcance, consequentemente, valores de PV mais elevados.
Além disso, a partir do TCar, pode-se montar treinamentos em diferentes intensidades relativas do PVtcar alterando-se apenas a distância e utilizando tempo fixo de esforço, ou seja, os atletas podem treinar em diferentes intensidades (devido ao seu condicionamento ou objetivo), com o controle preciso e individualizado do treinamento.
Estudos do nosso laboratório têm demonstrado que o PV do TCar apresenta elevada reprodutibilidade (r=0,93) e é válido para avaliar a velocidade máxima aeróbia. Em adição, o PV no TCar tem se mostrado sensível aos efeitos de treinamento da temporada competitiva em jogadores de futebol (Floriano et al., 2009), assim como, discrimina a aptidão física de atletas de diferentes níveis competitivos (Carminatti et al., 2004).
Em resumo, é possível afirmar que o TCar é uma interessante alternativa para ser incorporado no processo de avaliação aeróbia de jogadores de futebol devido aos seus indicadores de validade e reprodutibilidade, assim como a facilidade de prescrever treinamentos específicos com intensidade controlada.
*Juliano Fernandes da Silva é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui mestrado em Educação Física pela UFSC na área de Cineantropometria e Desempenho Humano. É membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Esforço Físico (LAEF/UFSC) estudando variáveis da fisiologia do exercício relacionadas a avaliação e treinamento de atletas de modalidades intermitentes, principalmente futebol. Atualmente faz doutorado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina.
**Leandro Teixeira Floriano é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (RJ). Atualmente é Preparador Físico do Avaí Futebol Clube (categoria sub17). É mestrando em Educação Física na UFSC na área de Cineantropometria e Desempenho Humano. È membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Esforço Físico (LAEF/UFSC) estudando variáveis de fisiologia do exercício relacionadas ao futebol.
Bibliografia
AHMAIDI S, COLLOMP K, CAILLAUD C, PRÉFAUT, C. Maximal and functional aerobic capacity as assessed by two graduated field methods in comparison to laboratory exercise testing in moderately trained subjects. International Journal of Sports medicine, v. 13, n.3, p. 243-248,1992.
BANGSBO J, IAIA M, KRUSTRUP P. The Yo-Yo Intermittent Recovery Test: A useful tool for evaluation of physical performance in intermittent sports. Sports Medicine, v.38, n.1, p.1-15, 2008.
CARMINATTI LJ, LIMA-SILVA AE, DE-OLIVEIRA FR. Aptidão Aeróbia em Esportes Intermitentes - Evidências de validade de construto e resultados em teste incremental com pausas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v.3, p.120, 2004.
FLORIANO, L. T.; ORTIZ, J. G.; SOUZA, A. R.; LIBERALI, R.; NAVARRO, F.; CAVINATTO, C. A. Influência de uma temporada no pico de velocidade e no limiar anaeróbio de atletas de futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 1; pag: 259 – 269, 2009.
KRUSTRUP P, MOHR M, AMSTRUP T, RYSGAARD T, JOHANSEN J, STEENSBERG A, PEDERSEN PK, BANGSBO, J. The Yo-Yo intermittent recovery test: Physiological response, reliability and validity. Medicine and Sciences in Sports and Exercise, v.35, n.4, p.697-705, 2003.
KUIPERS H, VERSTAPPEN FTJ, KEIZER HA, GEURTEN P, VANKRANENBURG G. Variability of aerobic performance in the laboratory and its physiological correlates. International Journal of Sports Medicine, v.6, n.4, p.197-201, 1985.
LÉGER LC, LAMBERT J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO2max. European Journal of Applied Physiology, v. 49, n.1, p.1 – 12, 1982.
MCMILLAN, K.; HELGERUD, J.; GRANT, S. J.; NEWELL, J.; WILSON, J.; MACDONALD, R.; HOFF, J. Lactate threshold responses to a season of Professional British youth soccer. British Journal of Sports Medicine, v. 39, n.7, p. 432-436, 2005.
RAMPININI, E.; BISHOP, D.; MARCORA, S.M.; FERRARI BRAVO, D.; SASSI, R.; IMPELLIZZERI, F.M. Validity of Simple Field Tests as Indicators of Match-Related Physical Performance in Top-Level Professional Soccer Players. International Journal of Sports Medicine, v.28, p.228-235, 2007.
RIENZI, E.; DRUST, B.; REILLY, T.; CARTER, J.E.; MARTIN, A. Investigation of anthropometric and work-rate profiles of elite South American International soccer players. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. v.40, n.2, p.162-169, 2000.
Neste sentido, a determinação da máxima velocidade aeróbia ou pico de velocidade (PV) e da velocidade referente ao consumo máximo de oxigênio (vVO2max) realizada em esteira rolante (laboratório) tem sido aceitas como medidas válidas para avaliar a aptidão aeróbia. Tais protocolos oferecem maior controle do experimento a partir da obtenção de medidas diretas, contudo, a utilização de material de alto custo, pessoal especializado e elevado tempo para a avaliação de cada indivíduo dificultam a utilização destas metodologias.
Outra limitação refere-se ao fato de que a especificidade do padrão motor envolvido na modalidade geralmente não é contemplada em tais testes.
Desta forma, testes de campo têm sido propostos procurando aumentar a especificidade dos protocolos das avaliações que mensuram índices fisiológicos no futebol (KRUSTRUP et al., 2003; LÉGER; LAMBÉRT, 1982), reproduzindo o padrão motor do exercício intermitente. Tais testes permitem avaliar um elevado número de atletas ao mesmo tempo, aumentam a motivação dos indivíduos avaliados, apresentam baixo custo e são de fácil aplicação.
Entre os testes reportados na literatura científica destaca-se o Yo-Yo Recovery test (YYR) que avalia a capacidade do atleta de realizar repetidos períodos de alta intensidade (KRUSTRUP et al., 2003; BANGSBO et al., 2008)). Contudo, apesar de o teste apresentar critérios de validade e reprodutibilidade e estar relacionado com a performance no futebol, uma limitação é que o YYR não apresenta indicadores de capacidade e potencia aeróbia que possam ser transferidos para a prescrição de treinamento. Já o teste shuttlerun20m (SHT20) proposto por Legér e Lambert (1982) é uma alternativa para a determinação do VO2max. No entanto, este protocolo é contínuo, não apresenta pausas, não sendo específico para modalidades intermitentes. Além disso, o STH20 subestima a velocidade máxima aeróbia (AHMAIDI et al., 1992).
Com o objetivo de oferecer avaliações mais específicas de potência e capacidade aeróbia em esportes como futebol, Carminatti et al. (2004) propuseram o teste incremental de corrida intermitente (TCar). O TCar é realizado no local em que o atleta desenvolve seus treinamentos e competições (quadra, gramado) em um sistema de ida e volta, com distâncias variadas. Neste teste é determinado o PV (PVtcar), que avalia simultaneamente os sistemas aeróbios e anaeróbios de fornecimento de energia.
O TCar é um teste incremental com estágios de 90 segundos de duração, em “sistema ida e volta”, constituído de cinco repetições de 12 segundos de corrida (distância variável), intercaladas por seis segundos de caminhada (± cinco metros). O ritmo é ditado por um sinal sonoro (bip), em intervalos regulares de seis segundos, que determinam a velocidade de corrida a ser desenvolvida nos deslocamentos entre as linhas paralelas demarcadas no solo e também sinalizadas por cones.
A velocidade inicial é de 9,0 km•h-1 (15 m distância inicial), com incrementos de 0,6km•h-1 a cada estágio até a exaustão voluntária, mediante aumentos sucessivos de 1m a partir da distância inicial (figura 1).
Quando o atleta é incapaz de completar o último estágio, a correção do pico de velocidade (PVTCAR) é baseada na equação de Kuipers et al. (1985): PV (km.h-1) = v + [(nv/10)*0.6], onde “v” é a velocidade de corrida do último estágio completado, “nv” é o número de voltas no estagio incompleto, “10” é o total de número de voltas (correndo) no estágio e “0,6” é o incremento de velocidade (adaptado KUIPERS et al. (1985). Quando os sujeitos não alcançaram a linha final duas vezes consecutivas o teste é encerrado.
O principal diferencial do TCar em relação aos testes supracitados é o fato de realizar o incremento da velocidade a partir de um acréscimo na distância. Em curtos espaços (20 m), o avaliado geralmente não atinge altas velocidades (>16 km.h-1); isto ocorre, pois, iniciar, acelerar, reduzir a velocidade, parar e mudar de sentido envolve redução na aceleração e causa deslocamento vertical do centro de massa diminuindo a eficiência de movimento (AHMAIDI et al., 1992). Por outro lado, no TCar, estas frequentes alterações no padrão da corrida ocorrem em distâncias maiores (>28m) nas velocidades mais altas (>16,8 km.h-1), permitindo que o indivíduo alcance, consequentemente, valores de PV mais elevados.
Além disso, a partir do TCar, pode-se montar treinamentos em diferentes intensidades relativas do PVtcar alterando-se apenas a distância e utilizando tempo fixo de esforço, ou seja, os atletas podem treinar em diferentes intensidades (devido ao seu condicionamento ou objetivo), com o controle preciso e individualizado do treinamento.
Estudos do nosso laboratório têm demonstrado que o PV do TCar apresenta elevada reprodutibilidade (r=0,93) e é válido para avaliar a velocidade máxima aeróbia. Em adição, o PV no TCar tem se mostrado sensível aos efeitos de treinamento da temporada competitiva em jogadores de futebol (Floriano et al., 2009), assim como, discrimina a aptidão física de atletas de diferentes níveis competitivos (Carminatti et al., 2004).
Em resumo, é possível afirmar que o TCar é uma interessante alternativa para ser incorporado no processo de avaliação aeróbia de jogadores de futebol devido aos seus indicadores de validade e reprodutibilidade, assim como a facilidade de prescrever treinamentos específicos com intensidade controlada.
*Juliano Fernandes da Silva é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui mestrado em Educação Física pela UFSC na área de Cineantropometria e Desempenho Humano. É membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Esforço Físico (LAEF/UFSC) estudando variáveis da fisiologia do exercício relacionadas a avaliação e treinamento de atletas de modalidades intermitentes, principalmente futebol. Atualmente faz doutorado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina.
**Leandro Teixeira Floriano é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho (RJ). Atualmente é Preparador Físico do Avaí Futebol Clube (categoria sub17). É mestrando em Educação Física na UFSC na área de Cineantropometria e Desempenho Humano. È membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Esforço Físico (LAEF/UFSC) estudando variáveis de fisiologia do exercício relacionadas ao futebol.
Bibliografia
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CARMINATTI LJ, LIMA-SILVA AE, DE-OLIVEIRA FR. Aptidão Aeróbia em Esportes Intermitentes - Evidências de validade de construto e resultados em teste incremental com pausas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v.3, p.120, 2004.
FLORIANO, L. T.; ORTIZ, J. G.; SOUZA, A. R.; LIBERALI, R.; NAVARRO, F.; CAVINATTO, C. A. Influência de uma temporada no pico de velocidade e no limiar anaeróbio de atletas de futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 1; pag: 259 – 269, 2009.
KRUSTRUP P, MOHR M, AMSTRUP T, RYSGAARD T, JOHANSEN J, STEENSBERG A, PEDERSEN PK, BANGSBO, J. The Yo-Yo intermittent recovery test: Physiological response, reliability and validity. Medicine and Sciences in Sports and Exercise, v.35, n.4, p.697-705, 2003.
KUIPERS H, VERSTAPPEN FTJ, KEIZER HA, GEURTEN P, VANKRANENBURG G. Variability of aerobic performance in the laboratory and its physiological correlates. International Journal of Sports Medicine, v.6, n.4, p.197-201, 1985.
LÉGER LC, LAMBERT J. A maximal multistage 20-m shuttle run test to predict VO2max. European Journal of Applied Physiology, v. 49, n.1, p.1 – 12, 1982.
MCMILLAN, K.; HELGERUD, J.; GRANT, S. J.; NEWELL, J.; WILSON, J.; MACDONALD, R.; HOFF, J. Lactate threshold responses to a season of Professional British youth soccer. British Journal of Sports Medicine, v. 39, n.7, p. 432-436, 2005.
RAMPININI, E.; BISHOP, D.; MARCORA, S.M.; FERRARI BRAVO, D.; SASSI, R.; IMPELLIZZERI, F.M. Validity of Simple Field Tests as Indicators of Match-Related Physical Performance in Top-Level Professional Soccer Players. International Journal of Sports Medicine, v.28, p.228-235, 2007.
RIENZI, E.; DRUST, B.; REILLY, T.; CARTER, J.E.; MARTIN, A. Investigation of anthropometric and work-rate profiles of elite South American International soccer players. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. v.40, n.2, p.162-169, 2000.
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